Palavra Operária

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Depois de 60 dias de uma dura greve realizou-se uma grande atividade de formação política para trabalhadores organizada pelo Movimento Nossa Classe USP. A partir da exibição da minissérie “Marx Voltou” e da exposição de Brandão, diretor do Sintusp, dezenas de trabalhadores da USP e de outros locais de trabalho debateram a atualidade do Manifesto Comunista.

Com muito entusiasmo estes trabalhadores debateram as idéias revolucionárias deste livro que foi a primeira explicação científica das causas e consequências da brutal desigualdade social produzida pelo capitalismo. Desmascarando a operação ideológica hipócrita dos teóricos oficias, os próprios trabalhadores foram concluindo aos poucos que as péssimas condições de vida relegada pelo capitalismo à imensa maioria da humanidade não é produto de uma obra do acaso, mas da relação de exploração existente em uma sociedade dividida em classes sociais (burguesia e proletariado), exploradores e explorados, opressores e oprimidos com interesses completamente inconciliáveis.

A partir de exemplos da vida dos trabalhadores Brandão relacionou a teoria marxista, para explicar como o trabalho social produzido pelas mãos da classe trabalhadora é a base criadora de toda riqueza existente na sociedade que, no entanto é apropriada apenas por um punhado de parasitas da classe dominante e é a prova de que o capitalismo deixou de cumprir qualquer papel progressivo para a maior parte da humanidade.

A conclusão do curso apontou para a necessária unidade entre a teoria e prática presente em todo o pensamento de Marx, para quem a superação do capitalismo e a transformação do mundo é uma tarefa que só pode ser resolvida através da ação consciente dos trabalhadores em aliança com todos os oprimidos e explorados. Para uma tarefa desta escala a organização dos trabalhadores é um fator decisivo e a construção do Movimento Nossa Classe é parte deste objetivo.

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