Quarta 24 de Abril de 2024

Internacional

INTERVENÇÃO DE NICOLÁS DEL CAÑO NO CONGRESSO CONTRA AS DEMISSÕES EM LEAR E DONNELLEY

Del Caño repudiou no Congresso Nacional a burocracia sindical e Berni

06 Jul 2014 | Para encontrar os links dos videos da intervenção de Del Caño, acesse: http://www.pts.org.ar/Del-Cano-repudio-a-la-burocracia-sindical-y-a-Berni   |   comentários

Na sessão de deputados, Nicolás del Caño, deputado do PTS na Frente de Esquerda, rechaçou as demissões e suspensões em Lear e Donnelley. E pediu também um pronunciamento da Câmara sobre os projetos que apresentamos, com o apoio de dezenas de deputados, em repúdio ao que ocorre com os trabalhadores dessas empresas e suas famílias.

Na sessão de deputados, Nicolás del Caño, deputado do PTS na Frente de Esquerda, rechaçou as demissões e suspensões em Lear e Donnelley. E pediu também um pronunciamento da Câmara sobre os projetos que apresentamos, com o apoio de dezenas de deputados, em repúdio ao que ocorre com os trabalhadores dessas empresas e suas famílias.

A agenda do Congresso nada tem a ver com os problemas dos trabalhadores e do povo. Por isso tivemos de recorrer à chamada “moção de privilégio” para poder colocar a situação e denunciar que há centenas de famílias na incerteza. No auditório, uma delegação de trabalhadoras e trabalhadores de Lear, Donnelley, Shell e Calsa apoiaram a intervenção de Del Caño, apesar das autoridades da Câmara terem tentado impedir sua presença e até quisessem expulsá-los com a segurança. Não vamos permitir: nossa bancada, uma vez mais a serviço das lutas e dos trabalhadores.

Em sua intervenção, Del Caño disse que a questão de privilégios se colocava “ante as reiteradas afrontas e insultos que recebemos os deputados da Frente de Esquerda por parte de diversos dirigentes sindicais, como Pignarelli ou o deputado Roberti, que inclusive através de requerimentos disseram que os deputados de esquerda fomentamos a coação aos trabalhadores para obter representação, que o apoio às lutas é por uma questão eleitoralista. Houve afrontas que já havíamos escutado, quando o Secretário de Segurança, Sergio Berni, disse sobre os corte de rodovias e manifestações dos trabalhadores em que participamos, que apoiamos delinqüentes”.

“A alguns metros daqui – continuou – temos as trabalhadoras e os trabalhadores da fábrica de autopeças Lear, cujos lucros equivalem à metade das reservas da Argentina, US$ 16 bilhões. Essa patronal norte-americana, esses abutres que existem no país, aproveitam uma suposta crise que está atravessando a indústria automotriz para descarregá-la sobre os trabalhadores. Esta patronal norte-americana desrespeitou inclusive a resolução do Ministério do Trabalho que declarou ilegais as suspensões anteriores. Não só desrespeitou, mas também avançou em demitir os trabalhadores. O mesmo sucede com a empresa Donnelley que pediu um preventivo de crise para demitir 123 trabalhadores. Isso significa que as patronais querem deixar os trabalhadores argentinos e suas famílias na rua. Essa é a verdadeira coação. Não o que fazem os trabalhadores, utilizando os únicos métodos que têm para expressar sua reivindicação de manter a fonte de trabalho. Uma operária que falou na porta da fábrica disse ’faz 26 anos que trabalho e colocam como desculpa que já não tenho produtividade, porque tenho problemas nas costas’ pela exploração dessas patronais abutres, sanguessugas dos trabalhadores.

Vamos seguir apoiando as diversas lutas. Temos orgulho de ter posto a partir dessa bancada mais de 180.000 pesos aos fundos de luta levantados pelos trabalhadores. Porque as patronais utilizam o amedrontamento e a extorsão de passar fome e frio por parte dos trabalhadores e suas famílias. Por isso aportamos ao fundo de luta que é a única maneira que têm os trabalhadores de poder resistir e enfrentar as demissões e suspensões”.

Nicolás del Caño fechou dizendo que “se fala contra os (fundos) abutres apesar de que se está negociando para pagar-lhes. Mas com os abutres que temos aqui, como estas duas empresas norte-americanas, nós nos inscrevemos para reivindicar dois projetos prioritários para que esta Câmara delibere a favor dos trabalhadores”.

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