Quarta 24 de Abril de 2024

Juventude

MARCHA PELA LIBERDADE

Como na Espanha e em Tahir a juventude está aqui para resistir!

15 May 2011   |   comentários

Um dia após a repressão policial à juventude espanhola que ocupou as praças e ruas lutando contra a política de seu governo que não lhe oferece nenhuma perspectiva de futuro, aqui nas ruas de São Paulo os jovens também tomaram as ruas para protestar contra a violência policial, exigindo seu direito à liberdade de expressão. A manifestação que levou cinco mil pessoas à Av. Paulista no último sábado (28/5) foi organizada após dia 21 de maio, quando aconteceu a Marcha da Maconha. Esta manifestação, que ocorre no mundo inteiro e reuniu cerca de 800 pessoas em São Paulo, não apenas foi proibida, como também foi violentamente reprimida pela polícia, deixando seis presos e diversos feridos pelo simples fato de que pedíamos o direito de decidir sobre o que fazemos com nossos corpos sem a intervenção do estado.

Foi esta repressão – cuja violência e arbitrariedade escancarou aos olhos de todos, até de setores da mídia burguesa como a Folha de S. Paulo, os limites estreitos da democracia em que vivemos – que desencadeou em milhares de jovens o ímpeto de tomar as ruas e gritar por liberdade, de se colocar contra a violência policial, contra os grupos neonazistas que vem se organizando e cada vez mais agredindo os direitos das mulheres, homossexuais e negros, de pedir a legalização das drogas e o direito de se manifestar. Os milhares que saíram às ruas no dia 28/5, mesmo após a proibição do ato pelo poder judiciário e com um ostensivo aparato da PM para coibir sua realização, demonstrou a disposição crescente destes jovens que despertam em se colocar como sujeitos políticos.

Este espírito que está se entranhando na juventude daqui é o mesmo que vem se espalhando como um rastilho de pólvora pelo mundo. Das manifestações na Grécia e França, passando pela Primavera dos Povos que derruba as ditaduras no mundo árabe, e agora com os acampamentos de dezenas de milhares organizados pela juventude do Estado Espanhol, estamos vivendo um momento em que se começam a questionar os valores e “verdades” que há tanto tempo nos vem sendo impostos pela burguesia.

O gradual despertar da juventude no mundo é um sinal dos ventos de mudança que começam a soprar. A crise capitalista que começou nos Estados Unidos e logo se espalhou para o restante do mundo, trazendo desemprego e miséria aos trabalhadores e jovens de diferentes países, começou a derrubar mitos que há muito vinham sendo forjados no imaginário de uma geração que cresceu sob as mentiras do triunfalismo da ideologia burguesa, sem ter presenciado nenhuma revolução – conceito que sempre nos tentaram vender como algo “do passado”. Agora saímos as ruas para mostrar que não estamos mais dispostos a aceitar a miséria que o capitalismo quer nos empurrar como a única saída. Que a repressão da polícia – braço armado do estado que faz salvamentos bilionários a empresas e bancos enquanto descarrega os custos da crise sobre nossos ombros – não será mais suficiente para calar nossas vozes.

Abrir o debate de programa e estratégia para superarmos nossas debilidades e levarmos a luta até o fim!

Nestas mobilizaçõs, na Espanha como aqui, ainda se manifestam diversos problemas políticos importantes, que se não forem encarados de frente de forma consciente para que possam ser superados, significarão um impeditivo concreto para o triunfo das mobilizações. Por isso, ao nos colocarmos na linha de frente das mobilizações – como temos feito no Brasil enquanto LER-QI, no Estado Espanhol com nossa agrupação Classe contra Classe e em todos os lugares que pudermos – não abrimos mão de travar um necessário debate com todos os companheiros acerca dos rumos da mobilização. Não basta saírmos às ruas com muita disposição para lutarmos, é preciso aprender com a história e discutirmos nosso programa, nossas táticas e estratégia, para que possamos levar até o fim as nossas demandas.

A auto-organização é a saída para democratizar e massificar as mobilizações

Um elemento imprescindível para conseguirmos fazer com que os milhares que estavam nas ruas no dia 28 se multipliquem e ganhem força, bem como para discutir no seio do movimento as diferentes perspectivas das organizações políticas e militantes independentes – dois pontos fundamentais para conseguirmos avançar na luta – é a auto-organização, ou seja, criarmos formas de discussão e organização democráticas para o movimento que nasceu. A iniciativa de convocar a reunião prévia de organização da Marcha da Liberdade no MASP foi importante, mas é ainda apenas um primeiro passo, e se mostra insuficiente diante das tarefas que nosso movimento vem se dando.

É necessário que criemos comitês de base a partir de cada escola, universidade, bairro, cursinho, enfim, de cada lugar onde surjam ativistas, a fim de fazermos na base, de forma democrática e capilarizada, cada discussão relevante que surja. Temos que agir de forma consciente para que esta organização avance cada vez mais, na perspectiva de que os comitês de base possam eleger delegados para formar um organismo democrático de direção dos rumos do movimento. É através desta forma que importantes lutas estudantis e operárias de proporções nacionais se organizaram e ganharam corpo, como a luta contra a aprovação do CPE (lei de precarização do trabalho da juventude) na França em 2006, em que se formou um Comando de Greve nacional com delegados eleitos em cada universidade.

Paralelamente, é fundamental que consigamos dar voz às discussões com aqueles que estão participando dos atos de rua. Neste sentido, consideramos importante a breve reunião organizada na Praça da República no fim do último ato, mas também bastante inicial e ainda insuficiente, na medida em que na roda improvisada foram poucos os que puderam ouvir e se expressar, e que não se deliberou democraticamente as próximas iniciativas do movimento (na verdade, a organização informou que havia já marcado por conta própria um próximo ato no dia 18 de junho). Fez falta, por exemplo, um carro de som que permitisse a todos ouvir as falas. Por incrível que pareça, há companheiros que desde as mobilizações contra o aumento da passagem se colocam contra que tenhamos carros de som em nossas manifestações – instrumento importante não apenas para podermos realizar assembléias democráticas, como principalmente para podermos expressar à população nas ruas nossas palavras de ordem e dizer porque nos mobilizamos. O argumento destes companheiros é o de que o carro de som seria um instrumento “autoritário”, baseando-se em experiências de atos de rua massivos em que as burocracias sindicais são as únicas vozes que podem se expressar (como nos atos dos professores, em que apenas a direção da Apeoesp pode falar). Trata-se de um equívoco primário, em que se toma um instrumento pelo uso político que se faz dele. Podemos comparar esta atitude a dos operários que, em sua incipiente organização contra a exploração capitalista no século XIX, quebravam as máquinas pois viam nelas a sua escravidão. Avancemos para tomar as máquinas e sua produção em nosso favor, companheiros! Defendemos carros de som para que tornemos nossas mobilizações mais massivas e democráticas, e que estejam abertos para que as diferentes opiniões se expressem. No próximo ato, defendemos a realização prévia de uma assembléia (poderia ser realizada às 10h, antes do ato que terá início às 14h) para que todos possam expressar e deliberar democraticamente sobre as posições acerca do rumo que deve tomar este movimento.

Superar o pacifismo e a ilusão do “diálogo” com a polícia e os fascistas.

Outro ponto importante que queremos debater com todos os manifestantes é a questão do pacifismo e da ilusão em relação a qual o papel real que cumpre a polícia. Na reunião de organização da Marcha da Liberdade, as organizações que estiveram à frente de seu preparo (Coletivo DAR, Casa Fora do Eixo e MPL) apresentaram a proposta de fazer uma reunião com o comando da PM para discutir o trajeto do ato, seu caráter, o que poderíamos ou não fazer. Informaram ainda que já havia sido realizada uma reunião semelhante antes da Marcha da Maconha. Além disso, levantavam como uma das principais reivindicações da Marcha da Liberdade a “regulamentação do uso de armas não-letais em manifestações”, o que na prática equivale a pedir a aprovação de uma lei que impeça o uso de bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral, balas de borracha e spray de pimenta, para que a polícia “só” possa usar escudos e cassetetes. Colocamos aos companheiros que tais decisões – a reunião com a PM e a reivindicação da lei de regulamentação – são completamente equivocadas, pois não se trata de negociar com aqueles que irão nos reprimir condições para uma repressão “mais branda”, e sim de lutar com nossas próprias forças contra todo tipo de repressão que queiram nos impor.

É importante frisarmos que a polícia é o braço armado do Estado – Estado este que representa a classe social burguesa e, portanto, está a serviço de proteger os seus interesses –, cuja função é garantir a manutenção da propriedade privada e reprimir qualquer contestação à ordem social vigente. É necessário que denunciemos isto e nos preparemos com um programa adequado para que, quando for a hora certa, estejamos prontos a nos enfrentarmos nas ruas e resistirmos às forças repressivas do estado. A experiência da Marcha da Maconha – em que os companheiros inclusive negociaram as concessões de não colocar em faixas, cartazes ou palavras de ordem a palavra “maconha” ou nenhuma forma de supostamente “incitar” o uso de drogas, para que o ato estivesse “dentro da lei” – na qual fomos duramente reprimidos mesmo com este canal de “diálogo” aberto, demonstra que as únicas coisas que podem ocorrer a partir de reuniões com a PM é alimentar a ilusão em uma fictícia atitude democrática da polícia e fornecer a eles informações que permitam nos reprimir com mais eficiência.

A postura de negociar com a PM alimenta na juventude uma ilusão de que é possível, em alguma medida, negociar para que “prevaleça o bom senso”. É isso que se expressa quando os manifestantes gritam palavras de ordem como “você aí fardado, também é explorado”, que apelam para que a polícia deixe de proteger os exploradores – sua único motivo para existir – e passe a proteger os explorados. O mesmo se manifestou de forma gritante na concentação no MASP, quando foi puxada uma salva de palmas para a polícia, ou na fala de um manifestante preso durante a Marcha da Maconha, que aparece em um vídeo dizendo que a culpa das prisões e agressões não é da polícia, que “só está trabalhando”, mas sim do poder judiciário. Justamente porque o trabalho da polícia é nos reprimir que não existe possibilidade de diálogo!

Este sentimento pacifista não é uma exclusividade da juventude brasileira: na Espanha assistimos perplexos milhares de jovens sendo reprimidos brutalmente pela polícia na evacuação da Praça de Catalunha – diga-se de passagem, “só” com escudos e cassetetes – enquanto permaneciam sentados, inertes, apanhando sem esboçar a menor reação ! Se estes jovens estivessem, desde antes, preparados para resistir como pudessem à ação da polícia – mesmo que neste momento estivesse fora de questão a possibilidade de sua derrota física – ,seria muito mais difícil que o estado sequer cogitasse em enviar suas tropas para desocupar a praça, pois o custo político seria incrivelmente maior, com a possibilidade inclusive de mortes.

Esta mesma questão deve ser discutida em relação aos grupos fascistas e nazistas que vem se organizando e crescendo. Na reunião de preparação da Marcha muitos companheiros alegaram que, se os fascistas aparecesem, como fizeram na Marcha da Maconha, deveríamos respeitá-los e não agredir “nem física nem verbalmente” pois estaríamos “nos rebaixando ao nível deles”. Estes grupos são a tropa de choque da intolerância, e não podemos virar as costas para eles um segundo sequer, nem subestimar sua organização pelo fato de que hoje são poucos. São estes mesmos grupos que assassinaram Marcelo Campos, jovem homossexual e negro, na saída da Parada Gay em 2009; que agridem e assassinam nas ruas cotidianamente negros, mulheres, nordestinos, comunistas, maconheiros e todos aqueles que sua ideologia reacionária condena. Conceder a eles “liberdade de expressão” significa, na prática, ser conivente com esta violência e com o angariamento de mais e mais jovens para praticar estas ações.

Na Marcha da Maconha, a PM nos reprimia enquanto os fascistas incitavam a sua ação gritando “Choque! Choque!” (em um vídeo também pode-se ouvir um deles gritando: “hoje a polícia está levando vocês, amanhã serão os nacionalistas”), e a polícia os deixava fazer o que bem entendessem, respeitando sua “liberdade de expressão”, enquanto a nossa era reprimida. Esta é uma demonstração clara de que, apesar da demagogia, eles estão do mesmo lado. Nos momentos de acirramento da luta de classes, em que a classe operária e a juventude saem às ruas para lutar contra a burguesia, os bandos paramilitares fascistas são aliados essenciais das forças repressivas oficiais do estado. É isto que ocorreu quando se instalaram as ditaduras na américa latina, durante a Comuna de Oaxaca em 2006 e em inúmeros episódios na história. Por isso defendemos que o papel da juventude que se põe em luta pela liberdade tem de ser o de nos organizarmos desde já para não permitirmos, nem por um segundo, que se expressem os fascistas. Por isto estivemos no vão do MASP quando organizaram seu ato pró-Bolsonaro e contra o kit contra a homofobia, levando o dobro de manifestantes que eles, mostrando que estaremos dispostos a lutar contra qualquer tentativa do fascismo de levantar sua cabeça.

Por um internacionalismo ativo e militante para unificar as lutas!

Muitos dos que hoje estiveram na Marcha da Liberdade o fizeram inspirados na juventude de outros países que tem se levantado para combater os efeitos da crise, como os planos de austeridade na Grécia e França ou o desemprego e a carestia de vida e os regimes totalitários no mundo árabe. No facebook tem se organizado grupos de solidariedade à mobilização dos espanhóis. Este sentimento de solidariedade internacional cumpre um papel fundamental para romper o clima de passividade que reina em nosso país, fruto das ilusões disseminadas pelo governo Lula e agora Dilma do Brasil como um país do futuro em que todos têm oportunidades.

Precisamos nos apoiar neste sentimento, mas também fazermos um movimento consciente para elevá-lo a um patamar superior, nos esforçando para unificar as mobilizações da juventude nos diferentes países – que em seus fundamentos são desencadeadas pelos mesmos motivos e almejam aos mesmos fins – em um mesmo movimento internacional. Isto significa não apenas fazermos mobilizações conjuntas, como a que propusemos no microfone ao final do ato, no dia 16 de junho, no Consulado da Espanha, junto às que se realizarão em diversos países, mas também aprendermos com nossos irmãos para que nossa experiência possa avançar a passos largos. Nós da LER-QI fazemos parte de uma organização internacional, a Fração Trotskista, e estivemos desde o primeiro momento participando através do Classe contra Classe nas mobilizações da juventude no Estado Espanhol, intervindo nas assembleias dos acampamentos e procurando fazer a luta avançar . Entendemos que é fundamental para nosso movimento procurarmos cada vez mais estreitar nossos laços de solidariedade internacionalista com a juventude que sai às ruas em diversos países, para que potencializemos nossas lutas reciprocamente.

Uma necessidade estratégica para chegar à vitória: ir à classe operária

Em um dos mais importantes levantes da juventude na história, o maio de 68 na França, uma das consignas dos estudantes dizia: “operários, tomem de nossas frágeis mãos as nossas bandeiras de luta”. Esta bandeira demonstra a consciência aguda que se expressou nestas mobilizações, pois os estudantes perceberam que sozinhos não poderiam levar à cabo aquilo que desejavam, e demonstraram com clareza a necessidade da aliança operário-estudantil. Na Marcha da liberdade, era flagrante a grande quantidade de estudantes universitários e secundaristas que o compunham. Por mais que estes setores tenham uma tendência histórica a serem os primeiros a protagonizar atos e protestos nas épocas em que começam a se anunciar grandes enfrentamentos de classe, a sua mobilização isolada não é capaz de levar a luta até o fim. Os trabalhadores são um aliado essencial não apenas porque são as primeiras vítimas da exploração capitalista, mas principalmente porque a produção de toda a riqueza da sociedade está em suas mãos. São eles os únicos capazes de paralisar esta produção e, desta forma, atingir em seu cerne o sustentáculo da organização social capitalista e promover o enfrentamento direto com a classe detentora dos meios de produção.

Quando protestamos contra as opressões, como o racismo, machismo e a homofobia, temos que saber que estas se manifestam em sua forma mais aguda contra a classe trabalhadora, e que só poderemos vencer estas opressões (das quais o capitalismo se utiliza para dividir a classe e intensificar a exploração) de braços dados com este aliado. A luta pela liberdade não poderá ser vitoriosa dentro dos limites do capitalismo, e a única força social capaz de botar este sistema abaixo são os trabalhadores organizados, aliados a todos os setores oprimidos da população.

Neste momento, vemos importantes greves se desenvolvendo no país. Primeiro foram os setores mais precarizados que protagonizaram verdadeiras revoltas operárias contra a precarização do trabalho que remonta a condições de escravidão, como vimos em Jirau. Também entraram em cena dezenas de milhares de trabalhadores da construção civil. Na USP, a greve dos trabalhadores terceirizados da União demonstrou que, longe de se manifestar apenas nos rincões distantes do país, a precarização do trabalho está até mesmo dentro da universidade “de excelência”. Neste conflito, o apoio de um setor de estudantes foi decisivo para que as reivindicações dos trabalhadores fossem atendidas. Agora, chega a vez dos trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM, que estão com uma paralisação marcada para quarta-feira. No ato, puxamos palavras de ordem em solidariedade a estes trabalhadores, como “Metroviário, pode parar que a juventude vai te apoiar!” que foram cantadas por várias dezenas de manifestantes. É fundamental que tenhamos a iniciativa de ir até estes trabalhadores para construir uma aliança sólida. Por isto, a partir do próprio ato, chamamos todos a participar da assembleia dos metroviários, e marcamos uma concentração na terça, 31 de maio, às 17:30 no metrô Tatuapé. No Estado Espanhol nossos companheiros do Classe contra Classe defenderam desde o início a aliança com os trabalhadores e a organização de comissões para ir às fábricas panfletar e se ligar aos trabalhadores. Aqui também julgamos imprescindível que, conforme se desenvolva nosso movimento, nos proponhamos a ir às fábricas e aos locais de trabalho, de panfletar e constituir comitês com os trabalhadores, de trazê-los a esta luta e ajudar em sua organização.

Seguir na luta! Todos aos atos para lutar por nossa liberdade!

Estes levantes da juventude indicam o início do rompimento de uma passividade de décadas, e por isso devem ser saudados com entusiasmo por todos aqueles que se coloquem na linha de frente para lutar contra esta sociedade de opressão e miséria, que é tudo o que o capitalismo pode nos oferecer. Os pontos que aqui colocamos são para podermos avançar para uma luta conseqüente aqui, na Espanha e no resto do mundo.

Construamos comitês na base e assembléias nos atos para discutir os rumos da mobilização!
Aprofundemos nosso internacionalismo, todos ao Consulado da Espanha no dia 16/06!
Todos às ruas em todo o país no dia 18/06, na 2ª Marcha da Liberdade!
Pela aliança com os trabalhadores, todo apoio às lutas em curso!
Viva a luta da juventude em todo o mundo!

1-Veja vídeo do “El Pais”: http://www.elpais.com/videos/espana/Brutalidad/desalojar/Plaza/Catalunya/elpvidnac/20110527elpepunac_3/Ves/

2-Veja intervenção de Santiago Lupe, do Classe contra Classe: http://bit.ly/miGOQa

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