Palavra Operária

Nós da LER-QI que junto com valorosos ativistas independentes no último ano estivemos a frente do D.A. FAFIL, construímos hoje uma nova chapa com dezenas de estudantes para manter o D.A. como uma entidade militante e combativa, aliada aos trabalhadores e em defesa de uma FSA Pública, Gratuita e de Qualidade para todos. Declaramos guerra a atual Reitoria Cacalano que hoje tenta implementar um projeto elitista de Universidade, com fechamento de cursos na FAFIL, aumento de mensalidades, perseguição aos inadimplentes e precarização da qualidade de ensino.

A atual Reitoria, vendo o D.A. como um dos seus principais inimigos para consolidar esse projeto, desligou 2 integrantes da gestão do projeto de bolsas de estudos por organizarem o ato contra o machismo na FSA a uma estudante que foi assediada e agredida no inicio do ano, (essa estudante também perdeu a bolsa) enquanto seus agressores não sofreram nenhuma punição. Não contente, os planos agora de toda a burocracia acadêmica estão voltados para cercar todo o campus da universidade com segurança privada, restringir os espaços de convivência e privatizar o estacionamento, um passo para o objetivo final de colocar catracas na Universidade.

Frente a esse cenário, construímos a Chapa Tahir- Da Luta não me Retiro em homenagem a juventude que se levantou junto as massas no Egito contra a ditadura sangrenta de Mubarak e que precisou apenas de 18 dias para questionar a ideologia das últimas 2 décadas do fim da história. Assim como mostrar para Reitoria Cacalano que os estudantes da FSA não irão fugir da luta e sim enfrentarão sua política privatizante.

Entretanto, essa perspectiva parece que não está colocada na chapa FSA que Queremos impulsionada pelo PSTU. Na atual conjuntura que exige uma grande unidade no movimento estudantil, principalmente dos setores que constroem a ANEL, preferem ter como bandeira central de sua chapa a oposição ao D.A. Fazendo uma frente eleitoral com setores atrasados (ex militantes do Espaço Socialista), que apoiaram “criticamente” a eleição do atual Reitor. Acusam a atual gestão do D.A. de ser muito radical por ter bandeiras como a redução de 50% das mensalidades, e por tentar impedir a votação do aumento de mensalidades no final do ano passado atacando pães de queijo na burocracia acadêmica. Adaptam-se a profunda passividade do cenário nacional construído pelo “Lulismo” dizendo que ao invés de ser radical é preciso negociar. E chegam a acusar que impedimos a construção do Congresso da ANEL mesmo com todos os estudantes da Chapa Tahir mandando uma contribuição para o Congresso da ANEL, enquanto na própria chapa FSA que Queremos vários estudantes são contrários a entidade.

A Chapa Tahir- Da luta não me Retiro mostra que mesmo em tempos de paz, ao contrário de tentar negociar migalhas com o Reitor, é necessário se preparar para tempos de guerra com um programa combativo e uma prática política que questione a Universidade e a sociedade de classes.

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