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Juventude

Calourada da saúde: trabalhadores falam para estudantes da saúde

26 Feb 2015   |   comentários

Por volta de 500 estudantes de Medicina, Saúde Pública, Odontologia, Veterinária, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Obstetrícia, Enfermagem, Psicologia, entre outros discutiram durante mais de uma hora sobre as opressões e a situação da saúde.

Nesta quarta-feira, 26/02, ocorreu a recepção unificada das e dos estudantes ingressantes nos cursos de Saúde da USP. Por volta de 500 estudantes de Medicina, Saúde Pública, Odontologia, Veterinária, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Obstetrícia, Enfermagem, Psicologia, entre outros discutiram durante mais de uma hora sobre as opressões e a situação da saúde.

Ingressantes em um ano marcado pelo aprofundamento do sucateamento do Hospital Universitário (HU), local de estudo e residência destes estudantes, eles tiveram oportunidade de ouvir de um trabalhador do HU sobre a situação de precariedade que o Superintendente, Waldyr Jorge, estava impondo ao funcionamento do hospital, com o fechamento de clínicas e áreas como ortopedia e oftalmologia. Caio, vice-presidente da CIPA do HU e militante do Movimento Nossa Classe, disse ainda que: “frente a todos esses ataques os trabalhadores do Hospital estamos construindo uma paralisação em defesa da manutenção do Hospital Universitário em pleno funcionamento e atendimento para a comunidade interna e externa, o que só pode ser feito com a contratação de mais funcionários. Como mínimo, a quantidade que teve sua demissão comprada pela Reitoria no Plano de Demissão (PDV), que foram duzentos.”

Por iniciativa do Centro Acadêmico da Faculdade de Odontologia, Vilma Maria, trabalhadora do Restaurante da Física e do Movimento Nossa Classe, também conversou com os estudantes sobre a grande exploração e assédio que existe nos bandeijões da USP, que só tende a se aprofundar com a demissão de funcionários. Vilma ainda completou: “São já cem o numero de funcionários que faltam nos bandeijões. A intenção da Reitoria é fechar a maioria, como fez com o da Prefeitura e os que mantem, terceirizar, como o da Quimica. Pagando uma miséria para os trabalhadores e os explorando ainda mais!”

Adriano, trabalhador da Faculdade de Odontologia e diretor de base do SINTUSP, agradeceu a Comissão Organizadora pelo espaço aberto e relembrou que mais de 110 mil jovens não estavam ali presentes por terem sido barrados pelo filtro social do vestibular, assim como centenas de milhares, como filhos e irmãos de nós, trabalhadores da própria USP, que nem sequer prestaram a FUVEST, pois sabiam que não passariam. E fez um chamado: “para que cada um dos estudantes que aqui estão, mantenham viva essa relação entre trabalhadores e estudantes e revertam a oportunidade de estar em uma universidade pública em mobilização pela defesa de uma educação e saúde públicas, gratuitas, para todos e a serviço de toda a população”.

Abaixo reproduzimos os vídeos da intervenção de Caio e Vilma sobre o sucateamento e a precarização dos Hospitais e Restaurantes Universitários da USP:

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