Sábado 20 de Abril de 2024

Internacional

SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL

Assassinatos e ameaças contra militantes e organizações trotskistas na Venezuela e no México

29 Nov 2008   |   comentários

Às autoridades governamentais e do Trabalho do México

As organizações abaixo-assinadas condenam as ameaças e tentativas de repressão que o empresário mexicano Juan Pablo Guerrero González e seu advogado Luciano Cruz Ayala fizeram contra os trabalhadores de Suajes y Preparaciones S.A de C.V., que demandaram sua readmissão diante das suas demissões injustificadas.

No México, como em muitas outras partes do mundo, os patrões recorrem à violência física para calar os protestos e o descontentamento dos trabalhadores. Soubemos que grupos paramilitares (muitas vezes ex-policiais) perseguem os julgados e agridem no interior dos edifícios os trabalhadores que se movimentam por suas reivindicações, assim como aos advogados trabalhistas que acompanham seus casos.

É sabido que este empresário, conhecido por seus métodos gangsters para despedir seus empregados, anda perseguindo os advogados e os trabalhadores demitidos em seus domicílios, para agredí-los e forçá-los a retirar as demandas colocadas na Junta Federal de Concialición y Arbitraje da Cidade do México.

Exigimos o respeito aos direitos dos companheiros injustamente despedidos, e responsabilizamos o patrão Juan Pablo Guerrero González de qualquer agressão que sofram os advogados trabalhistas e os trabalhadores representados legalmente por eles. Igualmente, rechaçamos qualquer cumplicidade da Secretaría del Trabajo e pedimos às autoridades que garantam a integridade das pessoas ameaçadas de repressão.

Repudiamos o assassinato dos dirigentes operários na Venezuela exigindo justiça e castigo aos responsáveis

Ao fechar esta edição do Palavra Operária, ficamos chocados com a dolorosa notícia do assassinato de três dirigentes operários e socialistas da Venezuela. Na quinta-feira (27), no estado de Aragua, Richard Gallardo, Luís Hernández e Carlos Requena, dirigentes regionais da Unión Nacional de Trabajadores (UNT) e da Unidad Socialista de Izquierda (USI), foram brutalmente assassinados a tiros, logo depois de terem estado à frente da solidariedade à luta dos operários e operárias da empresa Alpina (multinacional de donos colombianos) que ocuparam a empresa contra a ameaça de fechamento e perda dos postos de trabalho. Esses dirigentes defendiam que a UNT se colocasse em luta contra o fechamento da empresa e para exigir que o governo chavista (PSUV) expropriasse a empresa para colocá-la em produção sob controle dos trabalhadores.

Repudiamos o assassinato desses dirigentes operários e nos somamos às diversas organizações venezuelanas, da Argentina e demais países na campanha pela punição exemplar aos responsáveis deste crime contra os lutadores. Aproveitamos, nas páginas de nosso jornal, para chamar as organizações sindicais, personalidades, entidades estudantis e populares do Brasil para nos somarmos a esta campanha internacional em defesa dos lutadores sociais e pela investigação dos mandantes e assassinos.

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