Quinta 25 de Abril de 2024

Internacional

LEAR NA ARGENTINA

Argentina: fábrica Lear, paralisação total e mais de três horas de corte

01 Jul 2014   |   comentários

Esta manha, a partir das 6 horas centenas de operários começaram a agrupar-se no quilometro 31 da rodovia Panamericana, enquanto dentro da multinacional norte americana Lear se organizava uma paralisação total.

Esta manha, a partir das 6 horas centenas de operários começaram a agrupar-se no quilometro 31 da rodovia Panamericana, enquanto dentro da multinacional norte americana Lear se organizava uma paralisação total. “NENHUMA DEMISSÃO” era a consigna que unia as centenas de trabalhadores desta empresa junto a dezenas de delegações de fábricas da zona e centro de estudantes. Nos últimos dias essa fábrica de autopeças, que produz cabos para a produção de vários modelos de carros fabricados pela Ford, enviou mais de cem telegramas de demissões, logo após ter suspendido sem salário a outros duzentos trabalhadores a pesar do parecer do Ministério de Trabalho que havia determinado a medida como ilegal.

“Não vamos permitir que centenas de famílias fiquem sem seu sustento”, declaravam os operarios com uma alta disposição de luta, enquanto deliberavam os passos a seguir nessa que sabem ser uma dura luta. Nesse momento a forte e colorida coluna se postava na frente da porta da fábrica, que se encontra totalmente paralisada. A comissão interna está à frente da luta e tudo se decide em assembléia. Os trabalhadores exigem a presença do seu sindicato, o SMATA, que até agora veio atuando “do lado da patronal”, segundo denunciaram os próprios operários.

“Lear jamais poderia demonstrar crise alguma: a nível mundial fatura mais de dezesseis bilhões de dólares, mais da metade das reservas que tem a Argentina no Banco Central”, denunciaram os membros da Comissão Interna. Junto aos operários da Lear e seus familiares se mobilizaram delegações de trabalhadores de Donnelley, outra empresa norte americana do sindicato gráfico que anunciou mais de cem demissões nos próximos dias. Também estavam presentes fortes grupos de trabalhadores de Pepsico Snacks, Mondelez (ex Kraft), Stani, Frigorifico Rioplatense, Fate, professores do Suteba (sindicato dos professores) de Tigre e Escobar, Procter & Gamble, despedidos de Paty, Gestamp e Shell, a Fuba (Federação Universitária de Buenos Aires) e centros de estudantes de varias faculdades. O deputado da FIT Christian Castillo esteve acompanhando os trabalhadores desde o princípio da medida de luta.

Neste momento esta sendo feito um massivo ato na porta da fábrica, fazendo uso da palavra distintas delegações operarias. A policia esta com centenas de efetivos dentro da planta. “Isto é só o começo de uma grande luta contra a patronal inescrupulosa. Esses yanquis abutres não sair bem dessa!. Este é o sentimento dos operários, que contrasta com a intensa nevoa desta fria manha em Pacheco. Não passarão!!

Artigos relacionados: Internacional









  • Não há comentários para este artigo