Terça 16 de Abril de 2024

Nacional

Alguns efeitos da privatização da Linha 4 do Metrô

10 Aug 2006   |   comentários

O grupo empresarial que “venceu” a licitação-privatização se denomina MetroQuatro, e é formado pela Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), Montgomery Participações S.A., Benito Roggio Transportes S.A. (concessionário do Metró de Buenos Aires) e RATP Développement S.A (Metró de Paris). A CCR (formada pelas construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Serveng-Civilsan e pela empresa portuguesa de rodovias Brisa) controla seis rodovias altamente lucrativas: Ponte Rio-Niterói (RJ), NovaDutra (SP/RJ), ViaLagos (RJ), RodoNorte (PR), AutoBan (SP) e ViaOeste (SP).

O governo do Estado investirá mais de US$ 922 milhões, ou acima de 73% dos recursos. A iniciativa privada investirá menos de US$ 340 milhões, ou abaixo de 27% do total. O Metró pagará o lucro prometido caso a arrecadação tarifária não atinja a meta estabelecida durante os 30 anos de concessão; o modelo de PPB permite que a tarifa suba, em pouco tempo, dos R$ 2,10 para R$ 2,30. Os trens vão circular sem operadores. Haverá apenas um funcionário por estação (hoje são 30). O Corpo de Segurança será reduzido. A jornada de trabalho será maior. O salário será reduzido. O acordo coletivo dos metroviários não será respeitado pela empresa privada. O metró de Buenos Aires foi privatizado e a mesma empresa Benito Roggio demitiu 3.500 dos 4.400 trabalhadores.

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