Quinta 18 de Abril de 2024

Movimento Operário

ARGENTINA

Abaixo o locaute patronal na Fate, fora a polícia da empresa, reincorporação de todos os demitidos

17 Aug 2008   |   comentários

Depois de uma assembléia geral dos trabalhadores da Fate, quando estes se dispunham a entrar na fábrica, a patronal proibiu o ingresso do conjunto dos trabalhadores. Os trabalhadores da Fate [1] enfrentam o ataque da patronal ’ dezenas de demissões ’, a militarização da fábrica pela polícia de Buenos Aires e a traição da direção do Sutna [2] Central que avalizou na quinta-feira à noite, numa reunião secreta com o Ministério do Trabalho, uma conciliação obrigatória na qual se estabeleceu que apenas se discutiria um aumento salarial quase idêntico ao oferecido pela empresa, as indenizações aos que queiram sair e a proposta de resolver “caso a caso” a situação do restante dos demitidos. Ou seja, uma conciliação na qual o Sindicato deixa de lado a reivindicação de reincorporar todos os demitidos e conquistar 35% de aumento salarial.

Além das irregularidades legais desta resolução, os trabalhadores agora têm que enfrentar uma nova conciliação tendo os demitidos do lado de fora e a fábrica militarizada. Diante desta situação, o turno da manhã manteve o estado de assembléia permanente e pela tarde se realizou uma Assembléia Geral. Em seguida, e quando os trabalhadores se dispunham a ingressar na fábrica, um cordão policial junto com representantes da patronal os impediram. O objetivo é derrotar a luta e a Regional San Fernando [3].

As organizações sindicais, de direitos humanos, estudantis e políticas solidárias com a luta dos trabalhadores devemos ser solidários com os trabalhadores da Fate, exigindo o imediato fim do locaute patronal, a desmilitarização da fábrica e o atendimento de todas as reivindicações dos trabalhadores: reincorporação imediata de todos os demitidos, 35% de aumento salarial.

Nota pública do PTS (Partido de Trabalhadores Socialistas) Zona Norte – Buenos Aires – Argentina

[1A Fate é uma companhia 100% argentina que fabrica desde 1940 pneus da mais alta qualidade, exportando para os principais mercados mundiais como E.U.A. e Europa. Localizada próxima a cidade de Buenos Aires, na Zona Norte, emprega aproximadamente 1.400 pessoas. Produz, em acordo tecnológico com a alemã Continental, pneus para motadoras como Peugeot, Renault, Volkswagen, Ford, Mercedes-benz e outras. Atua há mais de 10 anos no Brasil.

[2Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Pneumática (Sutna).

[3Seção regional do Sutna.

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