Quinta 28 de Março de 2024

Nacional

A nova fase de crises do governo Lula e as respostas da classe trabalhadora

12 May 2004   |   comentários

Com a proposta de salário mínimo de R$260,00, o governo Lula mais uma vez mostra seu caráter antipopular para os milhões de trabalhadores que sofrem com a exploração e a miséria no país.

Ao mesmo tempo, distintas crises que atingem o governo atribuem-lhe novos sinais de fraqueza. A economia enfrenta novas dificuldades; aumentam as divisões dentre as distintas frações da burguesia; aumenta o descontentamento popular; surgem importantes processos de luta das classes oprimidas.

Tendo o “caso Waldomiro” como marco de mudança, mas abarcando uma série de outros fatores, cada dia mais podemos dividir o governo Lula em duas fases distintas: uma primeira, na qual predominava uma ampla unidade da burguesia em torno de seus planos, uma relativa “administração” da crise econó-mica e uma incontestável popularidade; e uma segunda fase, marcada, em distintos graus e ritmos, por uma dinâmica de reversão destes fatores, ainda que por enquanto venha conseguindo “administrar” as crescentes dificuldades. É nesse cenário que o protagonismo dos sem terras e do funcionalismo público coloca enormes desafios.

Nas páginas deste jornal buscamos explicar à classe trabalhadora e à juventude essa nova fase de crises que atinge o go-verno Lula e como devemos utilizá-la para impor as demandas mais sentidas do conjunto do povo explorado e oprimido. Partindo das lições que devemos extrair das lutas mais avançadas, como por exemplo as dos trabalhadores que têm ocupado suas fábricas, colocando-as para produzir sem os patrões para garantir seus empregos. Partindo de um balanço das estratégias levantadas pelas atuais direções políticas em cada luta, que têm como resutado as derrotas ou migalhas que já conhecemos, propomos uma nova estratégia, novos métodos e novas táticas de luta que assentem as bases para fortalecer e estender ao conjunto das classes oprimidas as batalhas atualmente em curso e permitam elevá-las a um patamar superior de questionamento da sociedade capitalista.

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