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A necessidade de uma reforma urbana radical

29 Nov 2008   |   comentários

Grande parte das enchentes e dos mortos com a chuvas no Brasil, são frutos da organização predatória do espaço que o capitalismo impõe nas cidades. De um lado, o crescimento caótico e desorganizado das cidades, que não respeita o leito dos rios e que não preserva áreas verdes necessários para que as águas da chuva escoem naturalmente, é o principal responsável pelas enchentes urbanas. No caso da Bacia do Itajaí, em Santa Catarina, esse efeito é agravado, e muito, pela própria disposição geográfica das cidades da região. No entanto, diversas obras já foram propostas para minimizar os problemas e nunca foram realizadas. De outro lado, a especulação imobiliária e alto custo das moradias, obriga os trabalhadores e o povo pobre a construir casas e favelas nos terrenos mais baixos e mais sujeitos a inundações, nas áreas de risco, nos mananciais e nas encostas.

As chuvas só deixarão de provocar tragédias no Brasil, quando todo o espaço urbano for reorganizado, de acordo com as necessidades do povo e não das empresas imobiliárias. É preciso confiscar todas as mansões e casas vazias nas zonas ricas das cidades, e reparti-las entre aqueles que não tem onde morar ou vivem em zonas de risco. Os terrenos vazios em função da especulação devem ser confiscados para a construção de moradias populares.

Um plano como esse, que significaria uma saída de fundo para o problemas estrutural das enchentes e desabamentos que atingem fundamentalmente a população mais pobre das grandes cidades, não vai ser implementado pelos governos capitalistas aliados das grandes empreiteiras e empresas imobiliárias. Somente um verdadeiro governo dos trabalhadores e do povo pobre, apoiados em nossas próprias organizações de luta, poderia reorganizar radicalmente a utilização do solo urbano acabar com as mortes provocadas pelas chuvas.

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