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A crise internacional, suas perspectivas e o programa dos revolucionários

04 Nov 2008 | No sábado, 18/10, o PTS de Buenos Aires realizou uma palestra na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires, na qual estiveram presentes mais de 600 trabalhadores e estudantes universitários, secundaristas, artistas. Na mesa estavam os dirigentes do PTS, Raúl Godoy e Christian Castillo, de cuja fala apresentamos aqui uma transcrição reduzida.   |   comentários

A crise internacional, suas perspectivas e o programa dos revolucionários

(...) Quando afirmamos que a atual crise mundial só pode comparar-se à crise dos anos 30, estamos dizendo que nos preparamos pra mudanças de grande magnitude.

Vou apresentar uma visão da crise em quatro dimensões distintas. A primeira é a mais conjuntural. Em poucas semanas temos vivido uma série de acontecimentos, muitos dos quais mereceram ’ com destaque ’ as primeiras páginas dos jornais do mundo. Não é habitual que o Congresso dos Estados Unidos aprove um resgate de 700 bilhões de dólares para o sistema bancário norte-americano. Tampouco que na primeira votação Bush tenha perdido. Na Europa, a Alemanha se comprometeu com uma ajuda de 460 bilhões de euros, a França com 360 bilhões, a Holanda com 200 bilhões, a Espanha e a à ustria, 100 bilhões de euros, que juntamente com o que anuncia a Grã-Bretanha, somam 1,9 trilhões de dólares.

Agora, por que chegaram a esse ponto? Para evitar cair no abismo. Depois de negar, tiveram que aceitar que estamos diante de uma crise de dimensões internacionais, da qual nenhum país está fora. Inclusive na Suíça, a pátria das finanças mundiais, o principal banco, o UBS, foi resgatado com 60 bilhões de dólares para evitar a quebra. Há países ’ como a Islândia ’ que já sofrem níveis de crise como a da Argentina em 2001, inclusive com corralito [1] . A Hungria é outro ponto débil, um país fortemente endividado e controlado pelo capital estrangeiro. A Coréia do Sul está à beira de uma crise similar à de 1997 quando começou o ciclo de desvalorizações dos países asiáticos que resultou, em alguns países, em medidas de controle de troca monetária e intervenção estatal na contra-mão do que dizia o FMI e que levaram a rebeliões populares como a que provocou a queda do ditador Suharto na Indonésia.

Mas mesmo com essas tentativas de salvamento, ninguém acredita que o problema esteja resolvido. Entre outros, há de imediato dois motivos significativos a considerar. O primeiro é que esses salvamentos provavelmente chegam tarde demais, quando economias importantes do mundo já estão em recessão, como é o caso dos Estados Unidos e das principais economias européias. E isso se mostra no fato de que as empresas já começaram a atacar a classe operária. A General Motors nos Estados Unidos, anunciou 1600 demissões que se somam às 1700 já previstas anteriormente. O grupo Renault-Nissan acaba de anunciar 1680 demissões em Barcelona, o que causou uma mobilização de mais de 3000 trabalhadores. O City Group anunciou 11000 demissões. Na City londrina, dizem que acabarão com mais de 60 mil postos de trabalho entre esse ano e o ano que vem. Na à ndia, as companhias aéreas anunciam suspensões, e assim poderíamos continuar a lista que cresce a cada dia.

O segundo motivo está dado por um problema estrutural da União Européia. O resgate estabelece que os Estados garantam os empréstimos interbancários. Como se pensava que qualquer banco podia cair, o grande problema era que o crédito interbancário estava parado, já que nenhum banco queria emprestar a outro. E sem empréstimos interbancários o sistema bancário não funciona, não há crédito e sem sistema de crédito não há capitalismo. Isso leva à paralisia e à possibilidade de quebra da economia, com a interrupção de toda a cadeia de pagamentos.

Mas o aspecto muito problemático que se apresenta é que o banco europeu não opera em escala nacional, e sim de toda a zona do Euro. Os Estados podem garantir os empréstimos interbancários apenas entre os bancos que são do mesmo país. Mas se o Deutsche (anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-(anti-spam-Bank)))))))))))))))))))))) faz um empréstimo ao BNP Paribas da França, o Estado alemão não se responsabiliza. O sistema bancário europeu tem 22 megabancos que são o eixo de todo o sistema financeiro e bancário europeu e que operam em escala transnacional. É por isso que se desconfia também da efetividade de uma medida tomada nos marcos de uma entidade que não é um Estado nacional. Para tomar outro tipo de medidas, a União Européia teria que funcionar como um único Estado: “todos nos comprometemos de conjunto a salvar a todos os bancos” e não cada Estado a salvar seu próprio sistema bancário, como é o acordo atual. A União Européia não eliminou a concorrência entre os grandes monopólios capitalistas que operam na zona do Euro nem tampouco o fato de que cada Estado queira preservar o poder de sus próprios monopólios e garantir uma melhor situação frente aos outros. Por isso, esses salvamentos, inéditos na história do capitalismo, não necessariamente vão frear a tendência ao abismo que ameaça a economia mundial.

Nesse sentindo, há que seguir apaixonadamente o que acontece dia-a-dia porque os tempos na política são muito relevantes. Não está fora do cenário a possibilidade de que finalmente isso fracasse e que haja quebrantos generalizados que acelerem os tempos. A que estamos expostos? Em perspectiva, a quebra de países, a rebeliões populares, ainda que em Estados que hoje não estão no centro da crise, e também que frente às demissões e os fechamentos, comece a desenrolar-se fortemente a luta de classes.

Já estamos vendo sinais imensamente alentadores. Na Itália, entre 200 e 300 mil trabalhadores e estudantes marcharam contra a reforma educacional de Berlusconi, em uma ação convocada pelos COBAS, os sindicatos de base. É muito alentador. Por que? Porque a Europa tem uma peculiaridade que pode transformá-la em um grande pólo da luta de classes, porque existem governos de direita que tem um menor nível de cooptação dos sindicatos que o que costumam ter os social-democratas. Os Estados Unidos, onde há um medo muito forte de perder os empregos, vem de um retrocesso do proletariado, com um nível de sindicalização muito baixo. E existem também expectativas na mudança eleitoral. Por isso, nos Estados Unidos não é onde surgirão as primeiras rebeliões. Na Europa também existe uma recessão forte, mas há uma maior tradição de organização do movimento sindical, da extrema esquerda, uma acumulação de lutas, desde a grande greve francesa de 1995, o surgimento do movimento "anti-globalização" em 2000, a luta contra o Contrato do Primeiro Emprego e a rebelião das "banlieues" dos jovens imigrantes dos subúrbios franceses.

"O único prognóstico realista era preparar-se para a erupção de uma crise generalizada"

Há uma segunda dimensão que é que temos que ver essa crise como o fim do ciclo capitalista que se deu entre 2000 e 2007. Em um artigo de dezembro passado, escrito por Juan Chingo para a Estratégia Internacional, dizemos que “a crise financeira em curso, como manifestação última e mais aguda das recorrentes crises bancárias, cambiárias e recessivas que afetaram a economia mundial nas últimas décadas, nos permite ver as características do funcionamento do capitalismo atual. Nossa tese é que a ofensiva neoliberal (uma resposta política, militar e económica do capital à queda da taxa de lucro que vinha desde fins da década de 60, quando se esgota o caráter excepcional do “boom” do pós-guerra), ainda que tenha conseguido em grande medida recuperar a rentabilidade, o fez gerando contradições explosivas que muito cedo explodiram em uma crise de conjunto, atualizando a definição do capitalismo como um sistema decadente.” E em outro trecho dizemos: “O único prognóstico realista é preparar-se para a explosão de uma crise generalizada e profunda, o que levará à expropriação das poupanças da classe média, demissões massivas de trabalhadores não só na periferia mas também nos países centrais, e que portanto, a pequena burguesia deverá voltar a optar entre a revolução proletária ou o fascismo (...) É essa base económica realista que dá fundamento à validade da definição da época atual como ”˜época de crises, guerras e revoluções”™” .

Dizíamos então, já em dezembro de 2007, que o único prognóstico realista era preparar-se para a explosão de uma crise generalizada.

Que análise fazíamos do último ciclo económico? Em 2000, os Estados Unidos havia atravessado uma crise das empresas “ponto com” , um processo de recessão durante 2000/2001, da qual saiu endividando-se enormemente, conseguindo que a China comprasse os bónus do tesouro norte-americano, captando a poupança de todo o mundo e com isso, alentando o consumo mediante um endividamento de toda a população. Especialmente, esse ciclo se apoiou em dar créditos para comprar casas onde o que se pagava estava amarrado às taxas do FED (Federal Reserve, o banco central americano). Quando as taxas começaram a subir, as pessoas não puderam pagar, o que vocês conhecem hoje como as hipotecas “subprime” são as primeiras que começaram a cair. Além disso, esse ciclo teve um elemento adicional muito importante. Com o “boom” do crédito hipotecário, facilitaram-se muito os negócios especulativos. Para dar apenas um dado: os dólares investidos em derivados passaram de 80 bilhões em 1998 a 415 bilhões em 2007. A criação de capital fictício nesse terreno multiplicou-se por cinco. Quando a arquitetura financeira que permitiu essa criação infernal de capital fictício começou a cair, começou a cair com ele todo o esquema a partir do qual havia se armado o crescimento dos últimos anos.

Nós escrevemos que a economia mundial apresentava a seguinte contradição: dizíamos que o lucro capitalista havia se recuperado devido a esses mecanismos que citamos, mas fundamentalmente porque puderam aumentar fortemente a exploração da força de trabalho.

Dissemos também que a taxa de acumulação capitalista, em nível de investimento em novas empresas, em infra-estrutura, não havia acompanhado o crescimento da taxa de lucro. O capital só investia em alguns “nichos” , como por exemplo, a China, enquanto milhares de milhões de dólares iam servir de base para o aumento do capital fictício.

Estávamos frente uma situação inédita na história do capitalismo, porque em geral, a taxa de acumulação acompanha a taxa de lucro.

Dizíamos que essa contradição ia estourar e nisso se baseava a predição presente no artigo de Juan Chingo.

A ofensiva “neoliberal”

A terceira dimensão a qual quero me referir é sobre o que habitualmente se chama de “neoliberalismo” . O “neoliberalismo” foi uma resposta do capital à queda da taxa de lucro produzida em meados da década de 70. No início da década de 80 começa um ataque do capital ao movimento operário. A classe operária sofre retrocessos enormes.

Nos Estados Unidos, atacaram brutalmente os sindicatos, criaram uma legislação antigreves monstruosa. Na Grã-Bretanha depois da derrota da greve dos mineiros em 1984/1985, o parlamento aprovou uma legislação que estabelece que a greve só é legal se é previamente aprovada por voto em urna a partir de ações chamadas pelos sindicatos, as greves não podem ser decididas em assembléias. E assim dobraram a força de trabalho, a flexibilização de direitos, a precarização. Vimos, além disso, as privatizações e um maior peso dos monopólios expandindo-se aos países periféricos.

Nos anos 90, a ofensiva neoliberal se aprofundou. No final, os regimes estalinistas caíram não pela esquerda e sim pela direita. O capital conseguiu novos mercados. Fundamentalmente a China tem uma importância decisiva para entender os últimos 20 anos: a China serviu ao capitalismo para receber investimentos, sobretudo porque tinha uma força de trabalho baratíssima. Os patrões dos principais países capitalistas diziam aos operários, “ou aceitam a redução de salário ou nós vamos para a China, ou a à ndia, a Hungria, a República Checa” . Sob essa política, o setor privado do movimento operário europeu sofreu um grande retrocesso. No caso dos Estados Unidos, os patrões, favorecidos pelo NAFTA [2], iam às maquilas [3], à fronteira com o México, onde a hora de trabalho de um operário valia 13 vezes menos que a de um operário norte-americano. Nos anos 90, o capital conseguiu pór sob seu comando uma quantidade de operários que duplicava o total de toda a força de trabalho assalariado explorada previamente. Mas não qualquer força de trabalho, força de trabalho muito barata que pressionou pela diminuição do valor da força de trabalho de toda a classe operária.

Como foi tamanho o avanço do capital, surgiram teorias que diziam que com essa derrota do movimento operário, o capital havia se salvado por todo um período histórico, que havia se iniciado um longo ciclo de crescimento capitalista. O historiador britânico Perry Anderson chegou a escrever que o neoliberalismo era a ideologia mais triunfante na história da humanidade. Que o capital havia ganhado e que não se podia esperar que isso mudasse, salvo ’ dizia ’ que as contradições próprias do capitalismo levassem a uma quebra de sua economia no centro desenvolvido. Bom, esse “salvo” é o que está acontecendo. Nós criticamos em seu momento a visão cética de Perry Anderson, mas é certo que estava baseada em elementos reais, porque efetivamente o movimento operário sofreu grandes derrotas nos anos 80 e 90.

Mas essas derrotas, como se deram sem varrer tudo o que havia expressado a sobre-acumulação de capitais que havia provocado a crise dos anos 70, favoreceram o desenvolvimento de enormes contradições do capital que hoje estão estourando. Os keynesianos hoje dizem que o problema é que tudo foi desregulado. Bom, mas por que foram tiradas as regulações? O que vimos em meados da década de 70 foi uma crise do esquema de “capitalismo regulado” e o neoliberalismo foi uma resposta dada pelo capital a essa crise. Um plano para submeter o movimento operário, aumentando brutalmente seus níveis de exploração, permitindo a livre mobilidade generalizada do capital e inventando novos negócios que aumentaram exponencialmente os benefícios capitalistas.

Essa realidade está acabando. Nesse sentido, a mudança mais importante a respeito do período “neoliberal” , é que está se produzindo uma revolução na cabeça de milhões de pessoas. A imensa maioria dos nascidos nas últimas décadas jamais pensou que podia haver um sistema sócio-económico diferenete do capitalismo. A ideologia de milhões é que esse é o último sistema social em que se pode viver. Nos últimos anos os socialistas revolucionários tiveram que remar contra a corrente. No máximo, havia setores que viam que se podia humanizar um pouco o capitalismo, fazer alguma reforma. Hoje milhões estão se perguntando para que serve esse sistema e vão se perguntar muito mais nos anos que virão.

Como nunca, nós revolucionários podemos explicar nosso programa e nossa perspectiva. Se eles estatizam os bancos para salvar aos banqueiros, por que não nacionalizar o banco e o comércio exterior para colocá-los a serviço do povo trabalhador? Que outra medida mais realista há, frente à quebradeira bancária generalizada e a fuga de capitais? Que outra medida de autodefesa nacional deve ser tomada para evitar que milhões fiquem desempregados?

Durante anos líamos no Manifesto Comunista que Marx definia o Estado moderno dizendo que era uma junta que administra os negócios da burguesia. E nessa faculdade nos chamavam reducionistas. “O Estado não tem base de classe” ; “é o representante do bem comum” ; “pode mudar por dentro” ; diziam-nos distintas teorias. Hoje, que outra coisa é mais clara do que “o Estado é uma junta que administra os negócios da burguesia” ? Quando emprega todo esse dinheiro para salvar os bancos, enquanto com só uma parte do que estão gastando poderia não haver pobres, não haver famintos. Cada vez que o povo pede algo, não há dinheiro. Mas quando os bancos pedem, logo encontraram... 1,9 trilhões de dólares só na Europa! Esse é um Estado a serviço dos patrões e não pode haver saída progressiva se os trabalhadores não conquistarem o poder do Estado e não organizarem a sociedade sobre novas bases. Nós queremos construir outro sistema onde todos os recursos económicos estejam a serviço das necessidades dos trabalhadores e dos setores populares para começar a construir uma sociedade sem explorados nem exploradores.

“A base material para que se dêem situações revolucionárias nos países imperialistas”

Quero colocar mais um elemento importante. Essa crise é a base material para que se dêem situações revolucionárias nos países imperialistas. Nesse sentido, possivelmente se abra um período onde se quebre o equilíbrio capitalista que existiu desde o pós-guerra, onde os Estados Unidos dominava e conseguiram afastar a revolução nos países imperialistas, com exceção do período que vai do fim dos anos 60 ao começo dos anos 70. Insisto, é provável que voltemos a ver em perspectiva o fascismo e a revolução nos países centrais. Porque se avança o desemprego, que ideologia vai crescer nos países imperialistas? É fácil adivinhar o discurso dos brancos norte-americanos que votam em McCain. Eles vão começar a perguntar-se: “por que começou a decadência americana?” e “porque há muitos latinos e negros” . Essa ideologia é a que já têm hoje os setores fascistas nos Estados Unidos que opinam que a “cultura americana” está fortemente ameaçada pelo peso da imigração. Por outro lado, outro dia li uma notícia que contava que quando a seleção francesa jogou num estádio na periferia de Paris, quando tocaram o hino francês, todo o estádio foi à loucura. Não é de se estranhar, já que o que significa a Marselhesa para os franceses filhos de imigrantes? Não é o hino da liberdade, mas o que representa os colonizadores massacradores de seus pais. O que quero dizer com isso? Que vão surgir “fachos” xenófobos que dirão que é preciso matar os imigrantes, os negros, latinos, árabes, que vão resistir como já mostraram na rebelião de banlieues. É provável que nos próximos anos, nos Estados Unidos e na Europa, se vá travar uma guerra de classes brutal. Preparem-se para vê-lo, tenham imaginação histórica porque é parte do que está no menu de opções do possível nos próximos anos.

A última coisa que quero remarcar: é possível que nos próximos cinco, seis ou sete anos esteja em jogo o futuro da humanidade para o próximo período histórico. E o que vai acontecer, desde já não depende da vontade de cada um de nós individualmente, mas sim, depende de nós saber que se não conseguirmos construir uma alternativa política revolucionária no período que temos agora, vão passar por cima de nós. Ou conseguimos atualizar o marxismo revolucionário e voltamos a fazer atual a perspectiva de derrotar o capitalismo, ou nos projetamos como um ponto de apoio na construção de um grande partido da classe operária nacional e internacional ou passarão por cima de nós. E se não conseguimos, o mundo que ressurgirá dessa crise vai ser um mundo muito pior que o atual. O capital não sai pacificamente de suas crises. Da crise dos anos 30, saiu com a segunda guerra mundial, a maior carnificina imperialista da história. Assim sai o capital de suas crises. Esse é o período que temos adiante, nos próximos 5 ou 10 anos. Alguns, nessa crise, defendem que é preciso reformular o capitalismo, outros continuam pensando que é preciso humanizá-lo. Quem somos nós? Os que dizemos que é preciso derrubá-lo.

Compareça às atividades com Christian Castillo no Brasil

06/11 - Lançamento do livro “Os irredutíveis”
de Daniel Bensaïd. Debate do autor com Christian
Castillo e Marcelo Ridenti.

Local: PUC-SP - Auditório 333 - Prédio Novo -
Campus Monte Alegre, 19h.

10/11 - Debate “A crise económica e as
perspectivas da esquerda” , com Christian Castillo,
Leda Paulani e Ruy Braga.

Local: USP - Auditório da História - FFLCH, 18h.

Cristian Castillo é dirigente do PTS, organização irmã da LER-QI na Argentina.

[1Em 2001, na Argentina, o ministro Domingo Cavallo proibiu os saques em dinheiro das contas bancárias. A medida ficou conhecida como Corralito.

[2Sigla em inglês do Tratado de Livre Comércio para a América do Norte, firmado entre Estados Unidos, Canadá e México, que entrou em vigência em 1º de janeiro de 1994

[3Zonas Francas de produção para exportação, impulsionadas pelos EUA para conseguir produzir com mão de obra barata da América Latina.

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