Sexta 19 de Abril de 2024

Mulher

100 anos: PAGU

09 Jul 2010 | Em homenagem aos 100 anos do nascimento de Pagu, abrimos as páginas de nossos livros para que sua história seja conhecida. Clique no link para ler o artigo completo. – PATRÍCIA GALVÃO   |   comentários

“O marxismo. A luta de classes. A libertação dos trabalhadores. Por um mundo de verdade e de justiça. Lutar por isso valia uma vida. Valia a vida.” (Patrícia Galvão )

Não precisamos partir do zero em nossas lutas. Precisamos conhecer a história daqueles que lutaram antes de nós, e que os governos e os patrões querem apagar para que não nos inspirem em nossas lutas presentes e futuras. É por isso que te convidamos a conhecer e difundir os livros da Coleção Mulher das Edições Iskra. Em março de 2009, lançamos a 1ª edição em português do livro “LUTADORAS. Histórias de mulheres que fizeram história”, nele publicamos no capítulo “Indomáveis”, um artigo inédito intitulado “Patrícia Galvão”. Buscamos nesse artigo resgatar uma história por vezes oculta de Patrícia Galvão, pouco conhecida numa historiografia que, também atingida por uma visão stalinista, nunca permitiu aflorar a história dessa lutadora.

Patrícia Galvão nasceu no dia 14 de junho de 1910, na cidade de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo. Sua afinidade com as vanguardas modernistas rendeu-lhe o apelido que a consagrou no seio do movimento antropofágico e, mais tarde, ganhou ressonância entre as camadas populares: Pagu. Ela destaca-se no meio literário como escritora, poetisa e jornalista, uma mulher cuja sensibilidade a conduz a posições radicais: assume-se como marxista, feminista, uma militante política que conhece a prisão, o exílio e a dissidência. (Diana Assunção e Marina Fuser, Patrícia Galvão. In: D’ATRI e ASSUNÇÃO (org.), Lutadoras. História de mulheres que fizeram história, São Paulo: Iskra, 2009).

“(...) Nas ruas, as crianças mortas de fome: era o regime comunista. De tal modo, quando um cartaz enorme clamou nas ruas de Paris que STALIN TEM RAZÃO, eu sabia que NÃO. Ainda militei. Ainda esperei que a Polícia me liquidasse. Ainda enfrentei as tropas de choque nas ruas de Paris — três meses de hospital. Ainda lutei: nenhuma bala me alcançava. (...) Agora, saio de um túnel. Tenho várias cicatrizes, mas estou viva.” Pagú

LUTADORAS

Histórias de mulheres que fizeram história. Edições Iskra, 2009

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Reivindicar, difundir e recriar o pensamento marxista hoje: é esta a perspectiva das Edições ISKRA. Nascemos ao comemorarmos os 90 anos da Revolução Russa, publicando A Revolução de Outubro de Leon Trotsky, mas também debatendo as distintas estratégias e o vigor do marxismo revolucionário.

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